sexta-feira, 13 de agosto de 2010

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terça-feira, 25 de agosto de 2009

Efeito Kuleshov e seus desdobramentos

O cineasta Russo Lev Kulechov, teórico e professor da Escola de Cinema de Moscou, realizou várias experiências para demonstrar o poder da montagem cinematográfica.

A experiência mais conhecida recebe o nome de Efeito Kuleshov, que consiste na justaposição de planos, para obter nova significação.

Intercalando a imagem de um ator com um prato de sopa, depois à uma situação de morte e uma moça, o público não percebia que a imagem do ator era a mesma e o atribuia caracteristicas de fome, tristesa e reflexão. Exatamente o efeito esperado. (foto 1)

Ele afirmava que a montagem era a principal habilidade que o cineasta deveria desenvolver, porque seu peso era maior do que as própias imagens, criando uma lógica da montagem paralela.

Autores de "Novas Mídia" como Lev Manovich que mapeiam o recursos de linguagem das interfaces digitais autais dão grande importância a estas experiência como referências estéticas.

Alguns autores como Béla Balázs críticava o excesso na montagem soviética. No filme de Dziga Vertov "O homem com uma Câmera" (1929), achava que o resultado obtido era excessivamente subjetivo, pois o espectador ficava a mercê dos desejos do cinegrafista.

Como opção a montagem russa, André Bazin acreditava que a composição do plano sem muitos cortes dá um maior realismo, evidenciando uma nova relação entre atores e os objetos, dando a impressão de que tudo estava ocorrendo daquela forma naquele momento.

Foto 1


Referências Bibliograficas:

Bambozzi, Lucas. Microcinema e outras possibilidades do vídeo digital / Lucas Bambozzi - - São Paulo: @ Livros Digitais, 2009.
PALÚ, JOÃO PAULO. As relações no processo de montagem cinematográfica entre os filmes "Um homem com uma câmera" e "Koyaanisqatsi" Bauru 2008 p.22
Durand, Fábio. Linguagem Audiovisual - Um pequeno Glossário de termos para Produção Audiovisual USP – SÃO PAULO 2009
Ferreira, Aline Botelho Fonseca. Arca Russa: O uso expressivo da MISE-EM-SCÉNE SALVADOR 2008 p. 28

Site
http://pt.wikipedia.org/wiki/Lev_Kulechov visitado 20/08/09
Linguagem Audiovisual - Um pequeno Glossário
http://www.mnemocine.art.br/index.php?option=com_content&view=article&id=179:glossarioaudiovisual&catid=34:tecnica&Itemid=67 visitado 20/08/09

Video referência
Efeito Kulechov




visitado 20/08/09

domingo, 5 de julho de 2009


Apesar de não se tratar diretamente de documentário, encontrei este link no site da UFRGS (Universidade Federal do Rio Grande do Sul) que funciona como um tabela intitulada “Fundamentos de cinema”. Vale a pena dar uma conferida e entender seu funcionamento.

quinta-feira, 2 de julho de 2009

Dicas de Navegação

Enquanto não acabo o texto sobre Dziga Vertov e o “Homem com uma câmera”, coloco algumas opções de navegações.

Os dois primeiros link´s são dos artigos usados como referencias para o texto sobre o Surplus e “Documentário em dialogo com o videoclipe”


“Videoclipe: potencialidade da experimentação de linguagens no campo do audiovisual”

http://www.intercom.org.br/papers/regionais/centrooeste2008/resumos/R11-0100-1.pdf


“A questão da forma no documentário político”

http://www.adtevento.com.br/INTERCOM/2007/resumos/R0707-1.pdf


O terceiro link´s é uma dica para pesquisa na Internet, em um parte do Google, chamada Google Acadêmico, que concentra sua pesquisa em arquivos acadêmicos e partes de livros.

http://scholar.google.com.br/schhp?hl=pt-BR

segunda-feira, 22 de junho de 2009

Documentário em dialogo com o videoclipe

Felipe Ferreira Neves

Resumo

Este trabalho busca refletir sobre formas de dialogo entre o documentário e a linguagem de videoclipe usando o documentário Surplus como exemplo.

Introdução.

Surplus: Terrorized Into Being Consumers (2003) documentário dirigido por Erik Gandini para a Tv publica Sueca, foi ganhador do prêmio “Lobo Prateado” do prestigiado International Documentary Filmfestival - IDFA de 2003 em Amsterdã.
O júri justificou a premiação assim:

“Por sua originalidade, senso de humor, ironia, energia e virtusidade visual, o prêmio Silver Wolf vai para Surplus”

Gravado nos EUA, Cuba, Índia, Hungria, Itália e Suécia, em um período de três anos. Seu formato dialoga diretamente com a linguagem de videoclipe, com uso constante de música, edição rítmica, montagem descontínua, manipulação temporal e narrativa fragmentada.
O filme se inicia com imagens de protesto, com conflito entre jovens e a polícia, que acaba em morte. Manifestantes acusam a polícia de assassina. Durante a manifestação também escutamos em voz off um discurso do Fidel.
Na abertura, o filme apresenta a idéia de que temos que combater a sociedade de consumo. Esta idéia parece corriqueira dos filmes do cinema político e aparentemente pouco sedutora.
O que Surplus trás de diferente é a inserção de uma trilha sonora e trilha incidental que parece composta exatamente para aquelas imagens, dando a impressão que o discurso é, ou vira, uma letra daquela música.
Conforme Bill Nichols:

““No documentário, a persuasão da retórica pode ser feita através de provas materiais (como testemunhas, confissões, documentos objetos) extraídas da realidade para apoiar a argumentação e garantir sua base persuasiva. Recorre-se também a “provas artísticas”, ou seja, estratégias criadas pelo autor do filme cujo poder de convencimento, dependem da qualidade de construção do texto, da persuasão de sua representações e reivindicações de autenticidade”” (NICHOLS, 1997, p. 182)

Está “prova artística” porposta por Nichols, contida em Surplus, faz com que ele, dialogue com a linguagem do videoclipe.
A pesquisadora Ana Rosa Marques analisando a forma do mesmo documentário, afirma que no aspecto formal, é utilizada a linguagem do videoclipe, com imagens estilizadas e virtuosísticas, uso intenso de músicas, ênfase no sentimento e na emoção, centralidade no ritmo, montagem fragmentada e descontínua, manipulação e inversão temporal. Também justifica que a narrativa se torna seqüência musical em algum momentos evidenciando que a linguagem do vídeo clipe permeia o documentário.
Surplus, mas do que dialogar com a linguagem do videoclipe, cria uma nova plástica para os elementos ali disposto, uma poesia visual que nos permite “gostar” do filme mesmo não “gostando” ou não acreditando na argumentação proposta.
Este trabalho só analisa a composição estética de linguagem do documentário Surplus, não entrando em outros aspectos, como a voz do documentário ou o comparando com outros formatos de documentário políticos.


Referência Bibliográficas


Marques, Ana Rosa. A questão da forma no documentário político. Trabalho apresentado no VII Encontro dos Núcleos de Pesquisa em Comunicação – NP Comunicação Audiovisual

Corrêa, Laura Josani Andrade. Videoclipe: potencialidade da experimentação
de linguagens no campo do audiovisual. Trabalho apresentado no GT de Audiovisual (Inovcom) do IX Congresso Brasileiro de Ciências da Comunicação na
Região Centro- Oeste (Intercom Centro-Oeste), realizado de 5 a 7 de junho de 2008 pela Sociedade Brasileira de Estudos Interdisciplinares da Comunicação (Intercom) e Unigran, em Dourados, MS, Brasil.

Surplus